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Gerações, Tarifas
e o direito de ir e vir

Por Paulo Valente, diretor de comunicação e relações institucionais do Rio Ônibus

“De 20 em 20 anos aparece no mundo uma nova geração. Mas de 40 em 40 é que todas as coisas se repetem.” A música “Gerações”, de Zé Rodrix, foi lançada em 1974 mas parece falar diretamente com o momento que vivemos no transporte público brasileiro.

Há exatos 40 anos, em 1985, foi criada a Lei do Vale-Transporte (Lei nº 7.418/1985). Na época, a tarifa dos ônibus já pesava no bolso do trabalhador, e o poder público, com apoio das empresas, estruturou um mecanismo que reconhecia o transporte como direito de quem trabalha e dever de quem emprega. Foi uma conquista social importante e, por muito tempo, o vale-transporte cumpriu bem esse papel.

Quatro décadas e duas gerações depois, a história se repete. Novamente, a passagem está cara para quem paga e insuficiente para quem opera. De novo, a população mais pobre é quem mais sente. E mais uma vez precisamos repensar o modelo.

Mas agora, o debate é outro, já falamos sobre a Tarifa Zero, uma política que transforma o transporte público em um serviço universal, financiado pela coletividade, assim como a saúde e a educação. Já são 135 cidades no Brasil adotando esse modelo, com impactos positivos na inclusão social, na economia local e na mobilidade urbana.

JOÃO GOUVEIA

Presidente do Rio Ônibus

Tarifa zero, uma solução para as cidades!

O transporte público é tão relevante na vida dos cidadãos que, a partir de 2015, tornou-se um direito social do povo brasileiro, garantido pela Constituição Federal. Em seu artigo 6º, a Carta Magna equipara sua vital importância à de temas como educação, saúde, alimentação, trabalho, moradia e segurança. Nesse contexto, os ônibus urbanos destacam-se pelo fato de garantir a mobilidade de mais de 80% dos usuários que utilizam transportes públicos na capital fluminense, o que reforça a essencialidade do serviço na vida do cidadão. O elevado nível de dependência nos determina a refletir sobre a qualidade do transporte que queremos e que podemos oferecer diariamente a 2,2 milhões de passageiros.

Os investimentos de alto capital intensivo e os custos que demandam fortes recursos financeiros em combustível, mão de obra, peças, pneus, garagens entre outros itens, para operacionalização do sistema, levam os gestores de cidades brasileiras a mudar de postura em relação à incapacidade de o usuário custear sozinho os seus deslocamentos. Daí a urgência e a necessidade de se buscar novas formas de financiamento para esse serviço, evitando que o usuário arque com 100% do custo. No Rio, temos hoje uma política híbrida de financiamento. A remuneração das empresas soma o subsídio aportado pela Prefeitura à tarifa assumida pelo passageiro. Entendemos se tratar de um modelo transitório, que, sem dúvida, constitui um avanço. Podemos, porém, ir mais adiante.

SUCESSO NAS REDES

Podcast Rio Ônibus é apresentado no Colégio de Comunicação da NTU e considerado case de sucesso

Programa foi apontado como um exemplo de modernização e aproximação com os passageiros pelo presidente-executivo da entidade, Francisco Christovam

COM PAULO VALENTE
Porta Voz do Rio Ônibus

PODCAST RIO ÔNIBUS

Por que o transporte por rodas está perdendo passageiros?

A mobilidade urbana está em constante transformação, e hoje vamos mergulhar em um debate crucial: por que os ônibus estão perdendo passageiros? O que essa queda significa para a mobilidade e o futuro das nossas cidades? Para nos ajudar a entender um pouco sobre o cenário dos transportes públicos no Brasil, recebemos Carlos Henrique Ribeiro, engenheiro, pesquisador do Ipea e referência nacional em estudos sobre mobilidade, regulação e infraestrutura urbana.

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